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quarta-feira, 14 de maio de 2014
Sergipe
A música, o colorido e as luzes dos fogos de artifício são bons motivos para agendar a viagem aSergipe para o meio do ano. Já em maio o clima dos festejos juninos começa a dominar todo o estado, que é o menor do Brasil em área.
O Forró-Caju e o Arraiá do Povo, em Aracaju, e o Forró-Siri, em Nossa Senhora do Socorro, são o ponto alto da festança.
Melhor ainda é que o clima quente da região, com temperatura média anual de 26ºC, permite que se aproveitem também as praias. Tudo bem que elas não sejam as mais badaladas do nordeste, mas quem botar os pés na areia e mergulhar nas águas verdes e tranquilas da Praia do Saco, a 70 quilômetros ao sul de Aracaju, vai concordar com os rankings que a encaixam na lista das mais belas do Brasil. E a orla bem cuidada da capital do estado surpreende. Ficar por ali curtindo as praias limpas, como Atalaia, a boa infraestrutura e a ciclovia é um ótimo programa. Se ouvir um toque-toque constante, saiba que ele vem das barracas à beira-mar, do hábito de quebrar caranguejo. Martelo, base de pedra e umas horinhas garimpando a carne nas patas do crustáceo fazem parte do ritual do qual poucos visitantes da cidade escapam. Do passado colonial, com presença de franceses e holandeses e retomada do domínio português no século 17, Sergipe guarda atrações arquitetônicas como os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras. E o mais bacana é que, como se trata de um território pequeno, fica fácil se deslocar entre litoral e interior para aproveitar o melhor de cada lugar. Na Semana Santa, os casarões de São Cristóvão são iluminados pela Procissão do Fogaréu. O centro histórico da cidade recebeu em 2010 o título de Patrimônio Mundial da Unesco. Em Laranjeiras, a segunda cidade mais antiga do estado, linda e cheia de história, há festas populares e comemorações religiosas. Quem passa pelo interior de Sergipe acrescenta ao vocabulário termos como chegança, cavalhada, pastoril, lambe-sujos e caboclinhos, manifestações culturais que tomam as ruas num calendário de festas embaladas a cuíca, pandeiro, reco-reco, caixa e ganzá. Mas se a ideia é continuar curtindo o litoral, aponte para o norte de Aracaju e chegue à primeira estação do Projeto Tamar (centro de estudos e preservação de tartaruga marinha) no país, à Lagoa Redonda, ao Mirante do Robalo e à Praia de Ponta dos Mangues, essa com ondas boas para surfe. Já na divisa com Alagoas, um deslumbramento: o Delta do São Francisco, com dunas de areia branquíssima, coqueiros e piscinas naturais. Enveredando pelo sertão, lá na ponta oeste, chega-se aos cânions surgidos pelo represamento da águas do Velho Chico para a construção da Hidrelétrica do Xingó. Ali, passeios de barco em águas esverdeadas vão revelar paisagens impressionantes de fendas de paredes avermelhadas, formações rochosas espetaculares e piscinas naturais.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Acre
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Pernambuco (PE)
No século 16, portugueses e holandeses brigaram muito para decidir quem ficava com esse pedaço do Nordeste do Brasil, enquanto escravizavam negros africanos e índios nativos. As marcas da mistura cultural desde a colonização ainda hoje desfilam por Pernambuco, na arquitetura, na culinária e especialmente na batida musical. Ritmos regionais como maracatu, xote e baião foram dar no mangue beat, uma das manifestações artísticas mais importantes do país na década de 1990. Desde 2004, o festival No Ar Coquetel Molotov agita Recife em setembro, com novidades do mundo da música. E Pernambuco não deixa por menos ao apresentar suas praias. Até porque, apesar de estar a mais de 500 quilômetros de distância, Fernando de Noronha lhe pertence e lhe dá o direito de contribuir com o ranking das mais belas do país. Assim não vale? Não tem problema, porque a pequena costa de Pernambuco, com pouco mais de 185 quilômetros, dá conta do recado com outros pedaços incríveis de areia e mar. Quem já esteve na celebrada Porto de Galinhas e na quase selvagem Praia dos Carneiros, em Rio Formoso, aplaude e quer voltar.
Desembarcar na calorosa capital, Recife, é uma delícia. Com cerca de 1,5 milhão de habitantes, recebe os visitantes com museus, praças, teatros, feiras. Pontes, fortes, palácios, monumentos e os rios Capibaribe e Beberibe completam o cenário que inspirou a poesia do escritor da terra, João Cabral de Melo Neto. Um pulo e estamos na luminosa Olinda, também repleta de igrejas centenárias, mosteiros, casas e ateliês com fachadas de um colorido vibrante. No carnaval, as duas cidades, distantes apenas 6 quilômetros uma da outra, disputam para saber qual é mais animada. Quem tentar descobrir deve estar ciente de uma coisa: uma vez ali, não tem como escapar da folia, é preciso seguir o ritmo da multidão. Sossego se busca (fora do período carnavalesco, que fique bem claro), na Ilha de Itamaracá e suas ruas sombreadas por cajueiros e mangueiras. Por lá o Forte Orange conserva a arquitetura original da ocupação holandesa e é um dos principais pontos turísticos. Bem em frente, fica a Ilhota Coroa do Avião, um banco de areia com águas cristalinas e um ou outro barzinho para relaxar. Mas, ao longo do comprido território de Pernambuco, a partir do Atlântico até encostar no Piauí, vão se abrindo paisagens igualmente atraentes: agreste, serras, cachoeiras, caatinga e sítios arqueológicos. De olho na Copa do mundo 2014, na qual Recife será uma das sedes, o governo do estado faz campanha para incentivar os turistas, inclusive os pernambucanos, a levar o calor de sua torcida também para o interior. Para os fãs de arvorismo, tirolesa, trilhas e cachoeiras, a dica é Bonito, a pouco mais de 130 quilômetros da capital. Mais adiante está Caruaru, que nos festejos juninos costuma receber 1 milhão de turistas no ritmo de forró e quadrilhas. Até quem gosta de friozinho tem seu lugar reservado em Pernambuco: Garanhuns, a 800 metros de altitude, se orgulha de seu bem montado festival de inverno em pleno agreste nordestino. A turma do ecoturismo pode rumar para a Serra do Catimbau, entre o agreste e o sertão, onde um parque nacional abriga formações rochosas, sítios arqueológicos e cavernas. Por fim, na pontinha sudoeste, na divisa com a Bahia, Petrolina brinda o resultado de modernas tecnologias de irrigação que fizeram do Vale do São Francisco um polo de produção de uva, com vinícolas que colocam a cidade no charmoso roteiro do enoturismo.
COMO CHEGAR
Via aérea, o principal portão de entrada para o estado de Pernambuco é o aeroporto de Jaboatão dos Guararapes, cidade vizinha à capital Recife. Ônibus urbanos que saem de lá levam os turistas até os bairros de Boa Viagem (dez minutos) e Centro (25 minutos) – o táxi para a maioria dos hotéis custa, em média, R$ 25.
Por terra, a rodoviária, também no município vizinho, é ligada ao Centro por metrô. Quem vem de carro desde Paraíba ou Alagoas acessa a cidade pela BR-101 – em boa parte duplicada, dentro do estado. A partir de Alagoas, há a alternativa de chegar pela AL-101, margeando o litoral, passar para a PE-060 e, finalmente, para a pedagiada PE-009. A estrada que liga Recife ao interior pernambucano é a BR-232, duplicada até Caruaru.
Paraiba (PB)
O estado da Paraíba tem uma capital bem organizada, arborizada e que vem atraiando a atenção dos habituês dos vizinhos Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em João Pessoa, a terceira cidade mais antiga do país, uma boa caminhada pelo seu centro histórico revela belos conjuntos arquitetônicos, como a Igreja Nossa Senhora do Carmo, do século 18, e o Casarão de Azulejos, de fachada revestida de cerâmica portuguesa. É ali também que fica uma das melhores atrações da cidade: o Centro Cultural São Francisco, complexo histórico com igreja e capela em estilo barroco, dois museus, fonte e um relógio de sol. Para percorrer a orla, de norte a sul da cidade, o ideal é contratar um passeio de bugue ou van. Na parte urbana, Tambaútem calçadão, gameleiras floridas, quiosques animados e passeios de barco para as piscinas naturais de Picãozinho, com corais e peixes coloridos a 2 quilômetros da costa. Mas é no município de Conde, pouco mais de 20 quilômetros ao sul de João Pessoa, que ficam duas joias do litoral parabaibano, Coqueirinho eTambaba. A última, além da beleza das falésias, restinga e coqueiros, guarda a curiosidade de abrigar em uma parte de sua extensão a primeira praia de nudismo do Brasil.
Foi outra nudez, a dos índios potiguaras, que os portugueses encontraram no século 16 ao dar início à colonização do território que hoje é a Paraíba. Na Baía da Traição, vila de pescadores quase 90 qulômetros ao norte da capital, ainda há povoados indígenas, que podem ser visitados com a autorização da Funai. A aldeia de São Miguel, a mais perto do centro da Baía da Traição, é alcançada numa caminhada de menos de meia hora, passando por uma paisagem de pastos, árvores e uma pequena ponte sobre o Rio Sinimbu. E a Paraíba tem outras surpresas para quem se prontifica a se afastar de seu litoral, caso do Parque Estadual Pedra da Boca e suas gigantescas formações rochosas, perto da divisa com o Rio Grande do Norte, e o Vale dos Dinassauros, no município de Sousa, um sítio paleontológico com pegadas fossilizadas de animas pré-históricos, já atraem turistas mais aventureiros para o sertão paraibano. Mas éCampina Grande, no agreste, que, pelo menos em junho, compete com João Pessoa como polo de atração de visitantes. Nessa época, mais de 300 quadrilhas se apresentam na cidade, fazendo o que o orgulhoso povo paraibano chama de o melhor São João do mundo.
Ceara (CE)
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